terça-feira, 5 de julho de 2011

Exibição do filme "José e Pilar" na FNAC Chiado, amanhã, às 16h30


Para quem está à espera de ver o filme José e Pilar para poder assinar esta petição, temos muito prazer em informar que o filme será exibido, amanhã, quarta-feira, às 16h30, na FNAC Chiado.

A exibição do filme terá a presença do realizador Miguel Gonçalves Mendes, Pilar del Río e ainda Noiserv (que tocará dois dos temas do concerto de abertura).

É uma oportunidade ideal para (re)verem o filme, adquirirem o DVD e a banda sonora e depois correrem para casa a assinar a nossa petição!

Prova Oral na Antena 3, de Fernando Alvim e Xana Alves com Pilar del Río e Miguel Gonçalves Mendes


Foi ontem que o programa da Antena 3, Prova Oral, de Fernando Alvim e Xana Alves, teve como convidados o realizador Miguel Gonçalves Mendes e Pilar del Río. Ambos falaram sobre o processo de produção e a filmagem de José e Pilar e sobre José Saramago.

Durante o programa, Pilar del Río mencionou a nossa petição que pretende sensibilizar o ICA para a submissão do filme aos Óscares, como representante de Portugal. «Se temos algum poder, vamos utilizá-lo» foram as suas palavras de encorajamento.

Podem ouvir o programa no sítio oficial da Antena 3.

Petição «José e Pilar aos Óscares» novamente activa

Devido a um erro técnico, a petição «José e Pilar aos Óscares» esteve desactivada desde ontem ao final da tarde até hoje ao final da manhã. Esse problema já se encontra resolvido, pelo que estamos novamente a aceitar assinaturas.

Divulguem-na junto do maior número de pessoas e vamos tentar recuperar o tempo perdido! Assinem aqui.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Petição "José e Pilar aos Óscares" nos mídia

Embora a petição esteja neste momento desactivada temporariamente, estamos a trabalhar para que a Petição Pública «José e Pilar aos Óscares» esteja novamente activa e a receber assinaturas. Provavelmente hoje não conseguiremos chegar à marca das 600 assinaturas, ao contrário do que esperávamos, devido a esse imprevisto. Mas esperamos retomar a velocidade cruzeiro amanhã.

Não só de más notícias se fez este dia. O comediante e argumentista Nuno Markl divulgou hoje, na sua página oficial de Facebook, a nossa petição e incentivou todos a assinarem.


Já anteriormente a esta petição, Nuno Markl havia manifestado a sua paixão pelo filme, afirmando que «se houvesse justiça no mundo, o filme José e Pilar era nomeado para o Óscar de Melhor Documentário e ganhava-o. Tenho pena das pobres mentes influenciáveis que chamam traidor a Saramago sem saberem bem porque o fazem, e que vão perder um dos filmes mais brilhantes, encantadores, tocantes e divertidos - sim, divertidos! - do ano. Miguel Gonçalves Mendes é um grande, grande realizador

Após a sua ajuda, não pararam de chover assinaturas que, em poucas horas, passaram de 200 a 500. Além disso, os comentários de apreço por esta iniciativa também continuaram a fazer-se ouvir pelas redes sociais e blogosfera.

Entretanto, há instantes, Pilar del Rio e Miguel Gonçalves Mendes foram os convidados do programa de rádio Prova Oral, da Antena 3, apresentado por Fernando Alvim e Xana Alves. E foi a própria Pilar que puxou o assunto, dizendo que existe na internet uma petição que pretende levar o filme aos Óscares de Hollywood, deixando algumas pequenas palavras de apreço pela nossa iniciativa. Assim que tenhamos o registo áudio do programa deixaremos aqui no blogue.

Por agora, estamos retidos nas 511 assinaturas devido a este problema técnico, mas não vamos desistir e continuamos a pedir todo o vosso apoio. Embora um número memorável para apenas 2 dias de petição, não nos parece suficiente para a sensibilização do ICA. Obrigado a todos e continuem a divulgar!

Por problemas técnicos a petição encontra-se temporariamente desactivada

Lamentamos informar que por motivos alheios à nossa vontade, a petição alojada aqui encontra-se temporariamente desactivada e não está a receber mais assinaturas. Estamos a trabalhar para que o site restabeleça o mais brevemente possível a nossa petição.

Não são estes pequenos contratempos que nos vão impedir de continuar a apoiar o filme. Não desistam de divulgar a petição. Em breve teremos notícias.

domingo, 3 de julho de 2011

Mais de 200 assinantes em cerca de 24h


Sabemos que o ritmo tenderá a decrescer nos próximos dias, mas ficamos desde já muito felizes por poder anunciar que a petição «José e Pilar aos Óscares» conseguiu reunir mais de 200 assinaturas. O empenho de todos é a prova que nós queríamos para mostrar: existe um grande grupo de fãs de José e Pilar, consciente do seu mérito e que acredita que o filme seria um excelente representante português aos Óscares.

O movimento «José e Pilar aos Óscares» tem sido comentado pelas redes sociais, divulgado via e-mail e anunciado em vários blogues cinéfilos, aos quais desde já agradecemos e que estão recordados na barra lateral deste espaço. Todos os nossos assinantes são importantes, mas ficamos felizes em anunciar que entre eles encontram-se nomes como os jornalistas Manuel Halpern e Ana Margarida de Carvalho (colaboram para a revista Visão, entre outros) ou o realizador português José Farinha.

Queremos continuar a pedir-vos para divulgarem esta iniciativa para que chegue a um número cada vez maior de pessoas e pedir ainda o apoio de quem possa ter contactos juntos dos mídia. Estamos convictos da nossa petição e agradecemos a todos vós.

Portugal nos Óscares

Se não se lembram de ter ouvido falar do nome de Portugal numa edição qualquer dos Óscares, não é porque estavam distraídos. É simplesmente porque tal nunca aconteceu. Portugal detém o recorde (empatado com o Egipto) do maior número de submissões de filmes à categoria de Melhor Filme Estrangeiro sem qualquer nomeação e provavelmente sem sequer constar nas short lists anteriores à divulgação dos cinco nomeados.

Ora este é um feito raríssimo na Europa, com poucos os países a nunca terem sido nomeados na categoria, conforme a imagem abaixo indica. (A verde escuro constam os países que já venceram pelo menos uma vez na categoria e a verde claro, os países que pelo menos obtiveram uma nomeação).


Portugal submete filmes desde 1980 e as suas 27 submissões nunca foram nomeadas. Dessas, nove filmes eram realizados por Manoel de Oliveira, provavelmente o cineasta português mais conhecido em todo o mundo. Contudo, mesmo assim os filmes submetidos nunca surtiram grande efeito junto dos membros da Academia. Qual será a razão? O gosto da Academia norte-americana é particularmente conservador, mais assente em dramas com histórias motivadoras, histórias de esperança ou chamadas de atenção com temáticas como do Holocausto. Basta olharmos por exemplo para as cinco últimas cerimónias onde os vencedores foram o dinamarquês In a Better World (um drama em mosaico, com tendência moralista e lições geopolíticas e conclusões sobre a amizade, família e tolerância), o argentino El Secreto de sus Ojos (uma história extremamente bem contada, uma espécie de regresso ao cinema clássico norte-americano com uma temática forte, mas que fala sobretudo do poder do amor), o japonês Departures (um filme inspirador, poético e delicado sobre a família, vida e morte, sucesso e comunidade), o austríaco The Counterfeiters (ambientado na II Guerra Mundial, sobre um falsificador de dinheiro condenado aos campos de concentração de Auschwitz) e o alemão The Lives of the Others (uma reflexão sobre a condição humana numa Alemanha fascista pós-queda do Muro de Berlim). Todas os pressupostos habituais estiveram envolvidos na produção destes filmes, daí que - gostos e qualidade à parte - é perfeitamente natural dentro dos parâmetros habituais da Academia, que estes tenham sido os vencedores.

Como funciona esta categoria? Uma cópia com legendas em inglês enviada por cada país para a Academia. Todos eles são mostrados a um comité especializado, constituído por trinta membros, incluindo dez membros nova-iorquinos, que em meados de Janeiro submete uma short list de nove filmes, que depois é reduzida a cinco nomeados. Apenas, esses cinco nomeados são mostrados a todos os membros da Academia norte-americana.

E Portugal? O que tem apresentado? Não discutimos a qualidade dos filme submetidos, mas sim o género. Habitualmente o ICA submete filmes de autor, com temáticas abstractas ou fortes, que não fazem o género da Academia (nem do público português), mesmo que tenham tido boa recepção na crítica especializada. Crítica essa que habitualmente não corresponde ao perfil da Academia. Então o que precisamos? Provavelmente de filmes portugueses que façam carreira comercial (e não apenas a nível de critica) nos Estados Unidos e que chamem a atenção da Academia a cada ano que passa. Precisamos de ganhar renome lá fora, como o caso de festivais internacionais - já tivemos recentemente uma Palma de Ouro para Melhor Curta-Metragem, um Leopardo d'Ouro no Festival de Locarno, o ano passado mais que um título português figurou em listas internacionais de melhores filmes do ano, entre outros.

Abrimos aqui o debate, o que é necessário para um filme português ser nomeado ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro?